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Descomplique o Simples Nacional: Dicas Essenciais para Empresários

  • Time Propulsor
  • 21 de out.
  • 5 min de leitura

O cenário tributário brasileiro é frequentemente descrito como um dos mais complexos do mundo. Para micro e pequenas empresas (MPEs), essa complexidade pode ser um grande obstáculo, desviando o foco do empreendedor do seu core business. Felizmente, existe um regime tributário criado especificamente para simplificar a vida dessas empresas: o Simples Nacional.


Empresa Simples Nacional



Embora o Simples Nacional tenha sido concebido para ser mais acessível, suas regras, limites e alíquotas ainda podem gerar dúvidas. Entender como ele funciona, quais são os limites de faturamento, as alíquotas aplicáveis e as atividades permitidas é fundamental para aproveitar ao máximo seus benefícios e garantir a legalidade de sua operação. Este artigo visa descomplicar o Simples Nacional, oferecendo dicas para empresários para uma gestão tributária eficiente.


O que é o Simples Nacional e Por Que Ele Existe?

O Simples Nacional, também conhecido como Super Simples, é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, seu principal objetivo é reduzir a burocracia e a carga tributária para esses negócios, incentivando a formalização e o crescimento.


Sua maior vantagem é a unificação de oito impostos federais, estaduais e municipais em uma única guia de pagamento, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Isso simplifica drasticamente o processo de recolhimento de tributos, que em outros regimes precisaria ser feito separadamente para cada imposto.


Quem Pode Optar pelo Simples Nacional?

Para que uma empresa possa se enquadrar no Simples Nacional, ela precisa atender a alguns critérios:


  • Microempresa (ME): Faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360.000,00.

  • Empresa de Pequeno Porte (EPP): Faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.

  • Atividades Permitidas: A empresa não pode exercer atividades que são vedadas ao regime. A lista de atividades permitidas é extensa e está detalhada nos anexos da Lei Complementar nº 123/2006. É crucial consultar o Código Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) para verificar o enquadramento.

  • Outros Requisitos: Não possuir débitos com o Governo, não ter sócios pessoas jurídicas, não participar do capital de outra empresa, entre outros.


É importante ressaltar que o Microempreendedor Individual (MEI) é um regime à parte, também simplificado e com limites de faturamento próprios (atualmente R$ 81.000,00 anuais, com propostas de alteração para R$ 144.913,41), que também faz parte do Simples Nacional, mas com regras ainda mais simplificadas.


As Alíquotas e os Anexos do Simples Nacional

As alíquotas do Simples Nacional não são fixas e variam conforme o faturamento bruto acumulado nos últimos 12 meses e a atividade econômica da empresa. Elas são divididas em cinco anexos, cada um com suas tabelas e faixas de faturamento:


  • Anexo I: Comércio (lojas em geral, restaurantes, padarias).

  • Anexo II: Indústria (fábricas, empresas industriais).

  • Anexo III: Serviços de instalação, reparos, manutenção, agências de viagens, academias, entre outros.

  • Anexo IV: Serviços de limpeza, vigilância, obras, construção de imóveis, serviços advocatícios.

  • Anexo V: Serviços de auditoria, jornalismo, tecnologia, publicidade, engenharia, entre outros.


Cada anexo possui diferentes faixas de receita bruta total em 12 meses, com alíquotas que começam em 4% e podem chegar a 33% (considerando a alíquota nominal). O cálculo efetivo do imposto leva em conta a alíquota nominal e uma parcela a deduzir, resultando em uma alíquota efetiva que diminui à medida que o faturamento aumenta dentro de cada faixa, até atingir o limite superior. Para atividades dos Anexos III e V, o Fator R (relação entre folha de salários e receita bruta) também influencia na definição do anexo e, consequentemente, da alíquota.


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Dicas Essenciais para Empresários no Simples Nacional

Para descomplicar o Simples Nacional e otimizar sua gestão, considere as seguintes dicas para empresários:


  1. Conheça seu CNAE: O Código Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o que define em qual anexo sua empresa se enquadra e, consequentemente, quais alíquotas serão aplicadas. Um CNAE incorreto pode gerar tributação indevida ou problemas com o fisco.

  2. Monitore seu Faturamento: Acompanhe de perto sua receita bruta acumulada nos últimos 12 meses. Isso é crucial para saber em qual faixa de tributação sua empresa se encontra e para prever possíveis mudanças de faixa ou até mesmo o desenquadramento do regime.

  3. Atenção ao Fator R: Se sua empresa se enquadra nos Anexos III ou V, o Fator R é um cálculo fundamental. Se a razão entre a folha de salários (incluindo pró-labore) e a receita bruta for igual ou superior a 28%, sua empresa pode ser tributada por um anexo com alíquotas mais vantajosas. Um bom planejamento pode garantir que você se beneficie disso.

  4. Organize suas Finanças: Mantenha um controle rigoroso de todas as receitas e despesas. Uma boa gestão financeira é a base para a correta apuração de impostos e para evitar surpresas no final do mês.

  5. Cuidado com Atividades Vedadas: Certifique-se de que sua empresa não está exercendo nenhuma atividade permitida que seja vedada ao Simples Nacional. Isso pode levar à exclusão compulsória do regime.

  6. Aproveite os Benefícios: Além da simplificação, o Simples Nacional oferece outros benefícios, como a preferência em licitações públicas e a redução da burocracia. Esteja atento a essas vantagens.


O Papel Indispensável do Contador Especializado

Mesmo com a proposta de simplificação, o Simples Nacional ainda exige conhecimento técnico e acompanhamento constante. É aqui que a figura de um contador especializado se torna um parceiro estratégico e indispensável para as micro e pequenas empresas.


Um contador experiente no Simples Nacional pode:


  • Desmistificar as regras: Explicar de forma clara e objetiva como o regime funciona para o seu negócio específico.

  • Realizar o planejamento tributário: Analisar seu faturamento e atividades permitidas para garantir que sua empresa esteja no anexo e faixa corretos, pagando o menor imposto possível, de forma legal e eficiente.

  • Gerenciar os prazos e obrigações: Assegurar que todas as declarações e pagamentos sejam feitos dentro do prazo, evitando multas e problemas com o fisco.

  • Auxiliar na gestão financeira: Oferecer insights valiosos para o controle de custos e receitas, contribuindo para a saúde financeira da empresa.

  • Identificar oportunidades: Apontar caminhos para otimização fiscal e crescimento sustentável.

  • Proporcionar tranquilidade: Permitir que você se concentre no que faz de melhor: gerir e expandir seu negócio, com a certeza de que a parte contábil está em boas mãos.


Conclusão: O Simples Nacional ao Seu Favor

O Simples Nacional é, sem dúvida, um grande aliado para micro e pequenas empresas no Brasil. No entanto, para descomplicar e realmente aproveitar seus benefícios, é preciso dedicação para entender suas regras e, acima de tudo, contar com o suporte de um contador qualificado. A correta aplicação do regime pode significar uma redução significativa na carga tributária e uma maior legalidade e tranquilidade para o seu negócio.


Não deixe que a complexidade tributária seja um impedimento para o sucesso da sua empresa. Com as dicas para empresários certas e o apoio profissional adequado, você pode transformar o Simples Nacional em uma ferramenta poderosa de crescimento.


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