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Planejamento Tributário para Pequenas e Médias Empresas: Reduza Impostos Legalmente

  • Time Propulsor
  • 20 de jul.
  • 13 min de leitura

Atualizado: 22 de jul.

No complexo cenário econômico brasileiro, onde a carga tributária figura entre as mais elevadas do mundo, a gestão fiscal eficiente não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para a sobrevivência e o crescimento de Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

Empresarios de Pequena Empresa

Muitas vezes, o empresário de PME, focado nas operações diárias e na busca por novos clientes, negligencia a importância de um planejamento tributário estratégico. No entanto, a falta de atenção a este aspecto pode resultar em pagamentos excessivos de impostos, multas onerosas e, em última instância, na redução drástica da lucratividade do negócio.


O planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, consiste em um conjunto de ações legais e estratégicas que visam otimizar a carga fiscal de uma empresa, aproveitando as brechas e benefícios previstos na própria legislação. Não se trata de sonegação ou evasão fiscal, que são práticas ilegais, mas sim de uma gestão inteligente dos tributos, buscando a forma menos onerosa de cumprir as obrigações fiscais. Para as PMEs, que operam com margens muitas vezes apertadas, cada real economizado em impostos pode ser reinvestido no negócio, impulsionando o crescimento, a inovação e a competitividade.


Este guia completo foi elaborado para desmistificar o planejamento tributário para PMEs, apresentando estratégias eficazes, destacando a importância da escolha do regime tributário, explorando os incentivos fiscais disponíveis e alertando sobre como evitar multas. Nosso objetivo é fornecer as ferramentas e o conhecimento necessários para que sua empresa possa reduzir impostos legalmente e, assim, aumentar sua lucratividade e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.


A Escolha do Regime Tributário: A Base do Planejamento Tributário PME

A decisão mais fundamental no planejamento tributário de uma PME reside na escolha do regime tributário. No Brasil, as empresas podem optar principalmente por três regimes: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada um possui suas particularidades, alíquotas, formas de apuração e obrigações acessórias, e a escolha ideal depende de fatores como faturamento, tipo de atividade, estrutura de custos e despesas, e margem de lucro. Uma análise aprofundada é crucial, pois a opção errada pode gerar uma carga fiscal desnecessariamente alta.


Simples Nacional: Simplificação e Potencial de Redução


O Simples Nacional é um regime tributário simplificado e unificado, criado para Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), com faturamento anual limitado a R$ 4,8 milhões. Sua principal vantagem é a unificação de oito tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e Contribuição Previdenciária Patronal - CPP) em uma única guia de pagamento (DAS), com alíquotas progressivas que variam conforme o faturamento e a atividade da empresa.


Vantagens:


  • Simplificação: Reduz a burocracia e a complexidade no cálculo e recolhimento dos impostos.

  • Carga Tributária Reduzida: Para muitas PMEs, especialmente aquelas com alta folha de pagamento (devido à desoneração da CPP) e margens de lucro elevadas, o Simples Nacional pode resultar em uma carga tributária menor em comparação com outros regimes.

  • Menos Obrigações Acessórias: O número de declarações e obrigações é significativamente menor, o que também reduz custos administrativos.


Desvantagens e Atenções:


  • Restrições: Nem todas as atividades podem optar pelo Simples Nacional, e há vedações para empresas com sócios pessoas jurídicas ou com faturamento acima do limite.

  • Alíquotas Progressivas: O aumento do faturamento pode levar a alíquotas mais altas, tornando o regime menos vantajoso em certos patamares.

  • Impossibilidade de Aproveitar Créditos: Empresas do Simples Nacional não podem aproveitar créditos de PIS, COFINS e ICMS, o que pode ser desvantajoso para empresas que compram muitos insumos ou revendem mercadorias para empresas do Lucro Real ou Presumido.


Lucro Presumido: Simplicidade para Serviços e Faturamento Moderado

O Lucro Presumido é um regime em que a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é determinada pela aplicação de percentuais de presunção sobre a receita bruta da empresa, que variam de acordo com a atividade (ex: 8% para comércio e indústria, 32% para serviços). O limite de faturamento anual para este regime é de R$ 78 milhões. PIS e COFINS são calculados pelo regime cumulativo, sem direito a créditos.


Vantagens:


  • Simplicidade na Apuração: Não exige a apuração do lucro contábil real para o cálculo do IRPJ e CSLL, simplificando a contabilidade.

  • Vantajoso para Altas Margens de Lucro: Se a margem de lucro efetiva da empresa for superior à margem de presunção estabelecida pela Receita Federal, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso, pois os impostos são pagos sobre uma base menor do que o lucro real.

  • Ideal para Prestadores de Serviço: Muitas empresas de serviço se beneficiam deste regime, especialmente aquelas com poucas despesas dedutíveis.


Desvantagens e Atenções:


  • Tributação sobre Receita Presumida: Se a margem de lucro efetiva for menor que a presumida, a empresa pode acabar pagando mais impostos do que o devido.

  • PIS e COFINS Cumulativos: A impossibilidade de aproveitar créditos de PIS e COFINS pode ser um ônus para empresas com custos elevados de aquisição de bens e serviços.

  • Tributação de Rendimentos Financeiros: Rendimentos de aplicações financeiras são tributados integralmente, o que pode ser desvantajoso para empresas com muitos investimentos.


Lucro Real: Precisão e Otimização para Grandes Volumes e Margens Variáveis

O Lucro Real é o regime mais complexo, mas também o mais preciso, pois o IRPJ e a CSLL são calculados com base no lucro contábil efetivamente apurado pela empresa, ajustado por adições e exclusões previstas em lei. Não há limite de faturamento para este regime, e algumas atividades (como instituições financeiras) são obrigadas a adotá-lo. PIS e COFINS são calculados pelo regime não cumulativo, com direito a créditos.


Vantagens:


  • Precisão: Os impostos são pagos sobre o lucro real, o que é justo para empresas com margens de lucro baixas ou que operam com prejuízo.

  • Dedução de Despesas: Permite a dedução de todas as despesas operacionais e financeiras, o que pode reduzir significativamente a base de cálculo dos impostos.

  • Compensação de Prejuízos: Possibilidade de compensar prejuízos fiscais de períodos anteriores, limitado a 30% do lucro real apurado, o que é uma grande vantagem para empresas com resultados financeiros variáveis.

  • Créditos de PIS e COFINS: O regime não cumulativo permite o aproveitamento de créditos sobre diversas despesas, reduzindo a carga tributária dessas contribuições.


Desvantagens e Atenções:


  • Complexidade: Exige uma contabilidade mais detalhada e rigorosa, com maior número de obrigações acessórias, o que pode aumentar os custos com a contabilidade.

  • Carga Tributária Elevada para Altas Margens: Para empresas com margens de lucro muito elevadas e poucas despesas dedutíveis, o Lucro Real pode resultar em uma carga tributária maior do que o Lucro Presumido.


Como Escolher: A escolha do regime tributário deve ser feita anualmente, no início do ano-calendário, e é um processo que exige uma simulação detalhada com base nas projeções de faturamento, custos, despesas e margens de lucro da PME. Um contador especializado é fundamental para realizar essa análise e indicar o regime mais vantajoso para cada caso.


Estratégias de Planejamento Tributário Além da Escolha do Regime

Além da fundamental escolha do regime tributário, existem diversas outras estratégias que as PMEs podem e devem adotar para otimizar sua carga fiscal de forma legal. Essas estratégias envolvem uma análise contínua das operações da empresa, da legislação e das oportunidades de elisão fiscal.


Gestão de Despesas Dedutíveis

Para empresas nos regimes de Lucro Real e Lucro Presumido (onde as despesas dedutíveis impactam o lucro real, que pode ser comparado à presunção), a correta gestão e comprovação das despesas é crucial. Muitas PMEs perdem a oportunidade de reduzir sua base de cálculo por não registrarem ou comprovarem adequadamente todas as despesas permitidas por lei. É fundamental:


  • Registrar Todas as Despesas: Manter um controle rigoroso de todas as despesas operacionais, administrativas e financeiras, garantindo que sejam devidamente comprovadas por notas fiscais ou recibos.

  • Classificação Correta: Assegurar que as despesas sejam classificadas corretamente na contabilidade, de acordo com as normas contábeis e fiscais.

  • Atenção às Despesas Indedutíveis: Conhecer as despesas que não são dedutíveis para fins de IRPJ e CSLL, evitando surpresas na apuração dos impostos.


Distribuição de Lucros e Pró-Labore

A forma como os sócios são remunerados pode ter um impacto significativo na carga tributária total da PME. Existem duas principais formas de remuneração:


  • Pró-Labore: É a remuneração pelo trabalho dos sócios administradores. Sobre o pró-labore incidem o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e a Contribuição Previdenciária (INSS). A alíquota do INSS é de 11% para o sócio e 20% para a empresa (se não for optante pelo Simples Nacional ou estiver no Anexo IV do Simples).

  • Distribuição de Lucros: Os lucros distribuídos aos sócios são isentos de Imposto de Renda para a pessoa física, desde que a empresa mantenha uma escrituração contábil regular e que a distribuição seja feita com base no lucro apurado.


A estratégia ideal é encontrar um equilíbrio entre pró-labore e distribuição de lucros. Um pró-labore em valor adequado para cobrir as necessidades básicas do sócio e garantir a contribuição previdenciária, e o restante como distribuição de lucros, aproveitando a isenção fiscal. Para PMEs no Simples Nacional, é comum a prática de um pró-labore mínimo e o restante como distribuição de lucros, desde que haja lucro contábil que justifique.


Aproveitamento de Créditos Tributários (PIS/COFINS, ICMS, IPI)

Para empresas no Lucro Real, e em alguns casos específicos no Lucro Presumido (para ICMS e IPI), o aproveitamento de créditos tributários é uma poderosa ferramenta de redução de impostos. O regime não cumulativo de PIS e COFINS, por exemplo, permite que a empresa deduza créditos sobre diversas aquisições e despesas, como energia elétrica, aluguéis, depreciação de bens, aquisição de insumos, entre outros.


É fundamental que a PME tenha um controle rigoroso de suas entradas e saídas, bem como de suas despesas, para identificar e aproveitar todos os créditos a que tem direito. Muitas empresas perdem dinheiro por não realizarem essa gestão de forma eficiente.


Planejamento de Estoques e Ativos

A gestão de estoques e ativos também pode influenciar a carga tributária. Por exemplo:


  • Inventário: A correta avaliação e gestão do inventário pode impactar o custo dos produtos vendidos (CPV) e, consequentemente, o lucro tributável.

  • Depreciação de Ativos: A depreciação de bens do ativo imobilizado é uma despesa dedutível que reduz a base de cálculo do IRPJ e da CSLL no Lucro Real. O controle e o registro corretos da depreciação são essenciais.

  • Venda de Ativos: O momento da venda de ativos pode gerar ganho de capital, que é tributável. Um planejamento pode ajudar a otimizar essa tributação.

Abertura de empresa

Reorganização Societária

Em alguns casos, uma reorganização societária (como fusões, cisões, incorporações ou a criação de holdings) pode ser uma estratégia de planejamento tributário eficaz. Por exemplo, a criação de uma holding patrimonial pode otimizar a gestão de bens e a sucessão, além de reduzir a carga tributária sobre aluguéis e ganhos de capital. No entanto, essa é uma estratégia mais complexa e que exige análise jurídica e contábil aprofundada.


Uso de Incentivos Fiscais e Benefícios

O governo brasileiro, em suas diversas esferas (federal, estadual e municipal), oferece uma série de incentivos fiscais para estimular determinados setores, regiões ou atividades. Aproveitar esses incentivos é uma forma legal e inteligente de reduzir impostos.


Alguns exemplos de incentivos fiscais relevantes para PMEs incluem:


  • Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005): Oferece incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D). As PMEs podem se beneficiar de deduções no IRPJ e CSLL, redução de IPI e amortização acelerada de bens.

  • Regimes Especiais de ICMS: Alguns estados oferecem regimes especiais de ICMS para determinados setores ou atividades, com redução de alíquotas ou diferimento do imposto.

  • Incentivos Municipais: Municípios podem oferecer isenções ou reduções de ISS, IPTU e outras taxas para empresas que se instalem em determinadas regiões ou que desenvolvam atividades de interesse local.

  • Programas de Desenvolvimento Regional: Existem programas federais e estaduais que concedem benefícios fiscais para empresas que se instalem em regiões menos desenvolvidas, visando o fomento econômico local.


Para aproveitar esses incentivos, é fundamental que a PME esteja em dia com suas obrigações fiscais e que a atividade se enquadre nos requisitos do benefício. A pesquisa e o acompanhamento constante da legislação são essenciais para identificar essas oportunidades.


Aspectos Legais e Regulatórios: Fique Atento às Atualizações Regulatórias

O cenário tributário brasileiro é dinâmico e está em constante mudança. Reformas tributárias, novas leis, instruções normativas e decisões judiciais podem impactar significativamente a carga fiscal das PMEs. Manter-se atualizado sobre esses aspectos legais e regulatórios é fundamental para um planejamento tributário eficaz e para evitar surpresas desagradáveis.


A Reforma Tributária e Seus Impactos nas PMEs

A Reforma Tributária, promulgada pela Emenda Constitucional nº 132/2023, representa a maior mudança no sistema tributário brasileiro em décadas. Ela simplifica o sistema de impostos sobre o consumo, substituindo PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS por dois novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência de estados e municípios. Além disso, cria o Imposto Seletivo (IS) sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.


Principais Mudanças e Impactos para PMEs:


  • Simplificação: A unificação dos impostos sobre o consumo visa reduzir a burocracia e a complexidade para as empresas, facilitando o cálculo e o recolhimento.

  • Regime de Transição: A transição para o novo sistema será gradual, ocorrendo entre 2026 e 2032, o que exige um acompanhamento cuidadoso para que as PMEs se adaptem às novas regras.

  • Créditos Ampliados: O novo sistema prevê a não cumulatividade plena, o que significa que as empresas terão direito a créditos sobre todas as suas aquisições, o que pode beneficiar PMEs que hoje não aproveitam créditos de PIS/COFINS (como as do Lucro Presumido).

  • Cashback de Impostos: A reforma prevê mecanismos de cashback de impostos para famílias de baixa renda, o que pode estimular o consumo e beneficiar as PMEs.

  • Impacto no Simples Nacional: O Simples Nacional será mantido, mas as PMEs optantes por este regime poderão escolher entre permanecer no sistema atual ou aderir ao novo sistema de IBS e CBS, o que exigirá uma análise de qual opção é mais vantajosa.


É crucial que as PMEs, com o auxílio de seus contadores, monitorem de perto a regulamentação da Reforma Tributária e se preparem para as mudanças, adaptando seus sistemas e processos para garantir a conformidade e aproveitar as novas oportunidades.


Outras Atualizações Legais e Normativas

Além da Reforma Tributária, outras atualizações podem surgir e impactar o planejamento fiscal:


  • Instruções Normativas da Receita Federal: A Receita Federal frequentemente publica instruções normativas que detalham a aplicação da legislação tributária, impactando a forma como os impostos são calculados e declarados.

  • Decisões Judiciais: Decisões de tribunais superiores (STF, STJ) sobre temas tributários podem criar precedentes que alteram a interpretação da lei e impactam a forma de tributação de determinadas operações ou setores.

  • Legislação Estadual e Municipal: Estados e municípios também podem alterar suas legislações de ICMS e ISS, respectivamente, o que exige atenção das PMEs que atuam em diferentes localidades.


Manter um canal de comunicação constante com o contador e o consultor jurídico é essencial para que a PME esteja sempre a par das atualizações e possa ajustar seu planejamento tributário proativamente.


Evitando Multas e Penalidades: A Importância da Conformidade Fiscal

Um dos pilares do planejamento tributário é a conformidade fiscal. Não basta apenas buscar a redução legal de impostos; é igualmente crucial garantir que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas corretamente e dentro dos prazos. A Receita Federal e os fiscos estaduais e municipais têm se modernizado, utilizando tecnologia para cruzar informações e identificar inconsistências, tornando a fiscalização cada vez mais eficiente. A negligência na conformidade pode resultar em multas pesadas, juros, autuações e até mesmo processos criminais em casos de sonegação.


Conhecimento e Cumprimento das Obrigações Acessórias

Além do pagamento dos impostos, as PMEs precisam cumprir uma série de obrigações acessórias, que são declarações e documentos que informam ao fisco sobre as operações da empresa. A lista de obrigações varia conforme o regime tributário e a atividade, mas algumas das mais comuns incluem:


  • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF): Informa à Receita Federal sobre os tributos federais apurados pela empresa.

  • Escrituração Contábil Fiscal (ECF): Substitui a antiga DIPJ e informa todas as operações que influenciam a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

  • Escrituração Fiscal Digital (EFD) - Contribuições (PIS/COFINS) e ICMS/IPI: Informam sobre as operações que geram PIS, COFINS, ICMS e IPI.

  • Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF): Informa sobre rendimentos pagos e o imposto de renda retido na fonte.

  • Declarações Estaduais e Municipais: Além das federais, existem diversas declarações específicas de cada estado (ex: GIA, DAPI) e município (ex: DES, DMS) relacionadas a ICMS e ISS, respectivamente.


O não cumprimento ou o cumprimento incorreto dessas obrigações pode gerar multas que variam de percentuais sobre o valor do imposto devido a valores fixos por declaração não entregue ou entregue com atraso.


Manutenção de uma Contabilidade Organizada e Atualizada

Uma contabilidade bem organizada e atualizada é a espinha dorsal da conformidade fiscal e do planejamento tributário. Ela fornece os dados necessários para a correta apuração dos impostos, a elaboração das demonstrações financeiras e o cumprimento das obrigações acessórias. Além disso, uma contabilidade transparente e auditável é fundamental em caso de fiscalização, servindo como prova da regularidade das operações da empresa.


  • Conciliação Bancária: Realizar a conciliação bancária regularmente, comparando os extratos bancários com os registros contábeis, para identificar e corrigir quaisquer divergências.

  • Documentação Completa: Manter todos os documentos fiscais (notas fiscais de entrada e saída, recibos, comprovantes de pagamento) organizados e acessíveis.

  • Uso de Softwares de Gestão: Adoção de sistemas de gestão (ERPs) que integrem as áreas financeira, contábil e fiscal, automatizando processos e reduzindo erros.


Auditoria Interna e Revisão Fiscal

Periodicamente, é recomendável que as PMEs realizem auditorias internas ou contratem consultorias especializadas para uma revisão fiscal. Esse processo consiste em uma análise aprofundada das práticas fiscais da empresa, buscando identificar:


  • Erros e Inconsistências: Correção de falhas na apuração ou recolhimento de impostos, evitando futuras autuações.

  • Oportunidades de Economia: Identificação de créditos tributários não aproveitados ou de incentivos fiscais que a empresa possa se beneficiar.

  • Riscos Fiscais: Avaliação de possíveis riscos de autuação e proposição de medidas corretivas.


Essa revisão proativa pode evitar problemas com o fisco e garantir que a empresa esteja sempre em conformidade, além de otimizar a carga tributária.


Acompanhamento da Legislação e Jurisprudência

Como mencionado anteriormente, a legislação tributária brasileira é complexa e volátil. É fundamental que a PME, com o apoio de seu contador e consultor jurídico, acompanhe as mudanças na legislação e as decisões dos tribunais. Muitas vezes, uma nova lei ou uma decisão judicial pode alterar a forma de tributação de uma operação, criando novas oportunidades de economia ou exigindo ajustes para evitar penalidades. A proatividade nesse acompanhamento é um diferencial para a segurança fiscal da empresa.


Conclusão: O Planejamento Tributário como Pilar do Sucesso da PME

O planejamento tributário, longe de ser uma mera formalidade burocrática, é uma ferramenta estratégica indispensável para a sustentabilidade e o crescimento de Pequenas e Médias Empresas no Brasil. Em um ambiente de alta complexidade e carga tributária, a capacidade de gerenciar os impostos de forma inteligente e legal se traduz diretamente em maior lucratividade e competitividade.


Como vimos, desde a escolha criteriosa do regime tributário – Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real – até a implementação de estratégias de gestão de despesas, remuneração de sócios, aproveitamento de créditos e uso de incentivos fiscais, cada decisão impacta diretamente o caixa da sua empresa. A atenção constante às atualizações legais e regulatórias, como a Reforma Tributária, e a rigorosa conformidade com as obrigações fiscais são a base para evitar multas e garantir a segurança jurídica do seu negócio.


O planejamento tributário não é um evento único, mas um processo contínuo que exige análise, revisão e adaptação. Ele permite que sua PME não apenas reduza impostos legalmente, mas também otimize seus recursos, melhore seu fluxo de caixa e libere capital para investimentos em inovação, expansão e desenvolvimento de talentos. Em última análise, uma gestão tributária eficiente é um diferencial que impulsiona o crescimento e fortalece a posição da sua empresa no mercado.


Não deixe que a complexidade tributária seja um obstáculo para o sucesso da sua PME!


Invista em um planejamento tributário estratégico e transforme a gestão dos seus impostos em uma alavanca para a lucratividade. Entre em contato conosco hoje mesmo e descubra como otimizar a carga fiscal da sua empresa, aproveitar todos os benefícios legais e garantir um futuro financeiro mais sólido e próspero. Sua PME merece uma gestão tributária de excelência!

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